segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O FARO

Pelos bordeis onde estão minha raízes
E como cão fareja o orto das cadelas
Vejo na escuridão digitado o nome delas
Então sinto o cheiro do cio das meretrizes.

Cheiro de puta, faro de cão, enfim
Estão encruados no meu peito
O cheiro revela-me a dama
querendo levar ao leito,
o faro leva-me à lama
e diz-me que é uma dama da noite sim.

Não sei se é puta ou se é dama
Não me importo também se não é virgem
Se é donzela ou se não tem na vida origem
Só sei que ambas gozam na minha cama.

O micróbio da devassidão deita comigo
A bactéria da libidinagem corroe a minha glande
O vírus da promiscuidade me é, imensamente grande
O bacilo canceroso em mim vê seu abrigo.

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