A LÓGICA
Não acredito em geocentrismo
Tampouco em heliocentrismo
Há tanta controvérsia entre ântropo e centrismo
Assim como em empirismo e cientificismo.
Talvez Copérnico não tenha tido
Filosofia Ptolomáica suficiente
Para saber que é na cabeça do demente
Que essas coisas fazem sentido.
Vejo-me lado a lado com Spencer
Questionando o antagônico determinismo
Vendo a incerteza do possibilismo
Na lógica da morte que Lablache nunca vence.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
AO AMIGO FIEL
Vem meu amigo fiel
tira-me desse mar de lama
acorrenta-me sem piedade à cama
que usaste para vomitar o teu fel.
Lembro-me amigo verdadeiro
Dos outros amigos de outrora
o Marcos com seu direito errado me controla
o Mangabeira com sua avareza, só pensa no maldito dinheiro.
E o Bira Barbosa, que jurou como vitorioso
que jamais nos deixaria entregue à míngua
na primeira esquina mostrou que era mentiroso
eis o Megale agora mordendo a própria língua.
quanta saudade dos Poetas sem direção
com parentescos afins
do transloucado Max Martins
cujos versos nos levavam à reflexão.
O que será do amigo Cavalcante
tão novo e tão demente
estaria nas cartas com o Putitanga doente
ou com o Rocha em sua viagem alucinante.
Carácoles com mil coiotes
o Fernando no meio do uísque sumiu
será que a Loribel o mandou à puta que o pariu
ou a Hiromi que lhe passou diversos trotes.
O Mauro com sua eterna corretice
queria por força consertar todo o mundo
não via que o mundo todo é vagabundo
e que tudo não passa de uma eterna canalhice
O Fernando Flávio e sua eterna agonia
nos presentes de natal e ano novo
queria agradar a todo povo
e até filhos que nem de longe conhecia.
Lembro-me do Bueres com seu violão afinado
trazendo-nos alegria
tocando seu violão todo dia
encantando o Heitor que só vivia embriagado.
Ah! Pobre rapaz inconseqüente
querendo vaporizar a todo instante
era o Ricardo com sua voz alucinante
gritando que a lombra era a paz na sua mente
Ô Milton, não esquece da geladeira
que em Tomé-Açú carregaste
nunca na vida imaginaste
que era tudo uma brincadeira
Termino Amigo Atayde
falando do Jorginho Bacamarte
que a muito não se decide
a deixar esse vício à parte.
Vem meu amigo fiel
tira-me desse mar de lama
acorrenta-me sem piedade à cama
que usaste para vomitar o teu fel.
Lembro-me amigo verdadeiro
Dos outros amigos de outrora
o Marcos com seu direito errado me controla
o Mangabeira com sua avareza, só pensa no maldito dinheiro.
E o Bira Barbosa, que jurou como vitorioso
que jamais nos deixaria entregue à míngua
na primeira esquina mostrou que era mentiroso
eis o Megale agora mordendo a própria língua.
quanta saudade dos Poetas sem direção
com parentescos afins
do transloucado Max Martins
cujos versos nos levavam à reflexão.
O que será do amigo Cavalcante
tão novo e tão demente
estaria nas cartas com o Putitanga doente
ou com o Rocha em sua viagem alucinante.
Carácoles com mil coiotes
o Fernando no meio do uísque sumiu
será que a Loribel o mandou à puta que o pariu
ou a Hiromi que lhe passou diversos trotes.
O Mauro com sua eterna corretice
queria por força consertar todo o mundo
não via que o mundo todo é vagabundo
e que tudo não passa de uma eterna canalhice
O Fernando Flávio e sua eterna agonia
nos presentes de natal e ano novo
queria agradar a todo povo
e até filhos que nem de longe conhecia.
Lembro-me do Bueres com seu violão afinado
trazendo-nos alegria
tocando seu violão todo dia
encantando o Heitor que só vivia embriagado.
Ah! Pobre rapaz inconseqüente
querendo vaporizar a todo instante
era o Ricardo com sua voz alucinante
gritando que a lombra era a paz na sua mente
Ô Milton, não esquece da geladeira
que em Tomé-Açú carregaste
nunca na vida imaginaste
que era tudo uma brincadeira
Termino Amigo Atayde
falando do Jorginho Bacamarte
que a muito não se decide
a deixar esse vício à parte.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
OS VERMES DA REALEZA
Vi na faceta das leis escritas
dádiva das mentes imperiais
a via-crúcis de todos os eremitas
cantada em fados e versos sepulcrais.
Não era a chibata que nas costas lhe doía
nem a podridão da senzala em que habitava
era a saudade da Terra que deixava
era a solidão na Terra em que vivia.
Era o ano de mil oitocentos
e quarenta e cinco
o mar, os barcos atravessavam horrendos
enquanto Bill Aberden apertava-lhe o cinto.
O tronco era seu amigo inseparável
era seu cordão sua pulseira
o formigueiro aliviava-lhe do corpo a coceira
o pelourinho, a lembrança dessa raça miserável.
Assim a abolição havia começado
impondo a Inglaterra pseudo respeito
bombardeando, ria da dor no peito
do negro que no porão morria acorrentado.
A cana não lhe embriagava os sentidos
tampouco, adocicava-lhe o estômago
o canavial comia-lhe a carne já no âmago
os que chegavam, já estavam apodrecidos.
A lei do Ventre Esfaqueado
criava para a maldita sociedade capitalista
o particularíssimo gen do câncer egoísta
e declarava ao mundo a Lei do Menor Abandonado.
Ficava, porém, a migalha massacrada
para justificar a gangrenosa derrama
que ao luso significava a dinheirama
e à negra, outra vida enlutada.
Na Sexagenária tudo de podre havia
os barões perdiam a “onerosa” obrigação
de “dar ao negro o pão”
então o Brasil, seu mendigo conhecia.
Nas minas, o sangue banhava-lhe a fronte
para aumentar o banquete da real corte
quando não tinha ouro, tinha açoite
enquanto clero e nobreza, trepavam Atrás-Dos-Montes.
Vieram então os Áureos tempos da sangria
e o negro com o corpo consumido
da escravidão havia saído
para cair na famigerada mais-valia.
Vi na faceta das leis escritas
dádiva das mentes imperiais
a via-crúcis de todos os eremitas
cantada em fados e versos sepulcrais.
Não era a chibata que nas costas lhe doía
nem a podridão da senzala em que habitava
era a saudade da Terra que deixava
era a solidão na Terra em que vivia.
Era o ano de mil oitocentos
e quarenta e cinco
o mar, os barcos atravessavam horrendos
enquanto Bill Aberden apertava-lhe o cinto.
O tronco era seu amigo inseparável
era seu cordão sua pulseira
o formigueiro aliviava-lhe do corpo a coceira
o pelourinho, a lembrança dessa raça miserável.
Assim a abolição havia começado
impondo a Inglaterra pseudo respeito
bombardeando, ria da dor no peito
do negro que no porão morria acorrentado.
A cana não lhe embriagava os sentidos
tampouco, adocicava-lhe o estômago
o canavial comia-lhe a carne já no âmago
os que chegavam, já estavam apodrecidos.
A lei do Ventre Esfaqueado
criava para a maldita sociedade capitalista
o particularíssimo gen do câncer egoísta
e declarava ao mundo a Lei do Menor Abandonado.
Ficava, porém, a migalha massacrada
para justificar a gangrenosa derrama
que ao luso significava a dinheirama
e à negra, outra vida enlutada.
Na Sexagenária tudo de podre havia
os barões perdiam a “onerosa” obrigação
de “dar ao negro o pão”
então o Brasil, seu mendigo conhecia.
Nas minas, o sangue banhava-lhe a fronte
para aumentar o banquete da real corte
quando não tinha ouro, tinha açoite
enquanto clero e nobreza, trepavam Atrás-Dos-Montes.
Vieram então os Áureos tempos da sangria
e o negro com o corpo consumido
da escravidão havia saído
para cair na famigerada mais-valia.
A BESTA
Afasto-me em vão da Besta incandescente
que como um ímã continua me atraindo
ela de súbito surge à minha frente cuspindo
toda melena sugada dessa gente.
Era o embrião da cianótica gangrena
que confirmava o limiar da podre mente
como a milenar estrela cadente
iluminando a prostituição de Madalena.
Maldizente será a leprosa da esquina
por não tê-la ajudado na agonia
sua mão esmiuçada que no chão caia
pedia à Besta um pouco de morfina.
Desconfia da mão que te abençoa
esta Besta tua face beijar nunca deixa
pois a boca que de dia te beija
é a mesma que à noite te amaldiçoa.
A besta nada viu de luz
no mancebo Jesus Cristo
que nunca pensou ser visto
como um herói pregado numa cruz.
Joana D’arc freneticamente galopava com a escória
em direção da fogueira.
Hitler por fazer tanta asneira
também se perpetuava na história.
A Besta não respeitou Lampião
via apenas o padre Cícero Romão
pregando sua maldita compunção
que na prática Virgulino era o ladrão.
Teme a Besta da eterna escritura
aconselhou Conselheiro no sofisma
beatificando um santo sem carisma
e Guevara um herói sem sepultura.
Fujo da Besta incandescente
mas não consigo dela me livrar
onde estou, esta maldita está
é o câncer que está na minha mente.
Afasto-me em vão da Besta incandescente
que como um ímã continua me atraindo
ela de súbito surge à minha frente cuspindo
toda melena sugada dessa gente.
Era o embrião da cianótica gangrena
que confirmava o limiar da podre mente
como a milenar estrela cadente
iluminando a prostituição de Madalena.
Maldizente será a leprosa da esquina
por não tê-la ajudado na agonia
sua mão esmiuçada que no chão caia
pedia à Besta um pouco de morfina.
Desconfia da mão que te abençoa
esta Besta tua face beijar nunca deixa
pois a boca que de dia te beija
é a mesma que à noite te amaldiçoa.
A besta nada viu de luz
no mancebo Jesus Cristo
que nunca pensou ser visto
como um herói pregado numa cruz.
Joana D’arc freneticamente galopava com a escória
em direção da fogueira.
Hitler por fazer tanta asneira
também se perpetuava na história.
A Besta não respeitou Lampião
via apenas o padre Cícero Romão
pregando sua maldita compunção
que na prática Virgulino era o ladrão.
Teme a Besta da eterna escritura
aconselhou Conselheiro no sofisma
beatificando um santo sem carisma
e Guevara um herói sem sepultura.
Fujo da Besta incandescente
mas não consigo dela me livrar
onde estou, esta maldita está
é o câncer que está na minha mente.
A MENTE DE UM VISIONÁRIO
No dia em que o vento em rajada
horripilante sobre a Terra prosperar
vaticinará o caminho da lúgubre vida rachada
do homem que cedo vai se acabar.
Toda vez que a água em correnteza
grotesca sobre a Terra ascender
trará consigo a certeza
que parte da humanidade ira morrer.
No dia em que o fogo em horrendas
labaredas, a Terra consumir
tirará dos olhos as vendas
de todos que irão sucumbir.
Toda vez que a terra plúmbea em estiagem
inclemente sobre a Terra se impor
mostrará a fúnebre miragem
da orgânica matéria que irá se decompor.
E quando no ano de dois mil
e cinqüenta e dois
o gelo despontar no horizonte do céu anil
não haverá mais depois.
No dia em que o vento em rajada
horripilante sobre a Terra prosperar
vaticinará o caminho da lúgubre vida rachada
do homem que cedo vai se acabar.
Toda vez que a água em correnteza
grotesca sobre a Terra ascender
trará consigo a certeza
que parte da humanidade ira morrer.
No dia em que o fogo em horrendas
labaredas, a Terra consumir
tirará dos olhos as vendas
de todos que irão sucumbir.
Toda vez que a terra plúmbea em estiagem
inclemente sobre a Terra se impor
mostrará a fúnebre miragem
da orgânica matéria que irá se decompor.
E quando no ano de dois mil
e cinqüenta e dois
o gelo despontar no horizonte do céu anil
não haverá mais depois.
A PROSTITUTA
Quando ela caminha, com vestes deslumbrantes
Os cabelos em fio, tecidos em trança
Em seu olhar vejo as insinuações estonteantes
De um amor criado em meio à dança.
Bela, tão jovem, e já apodrecida
O rosto já mostra a decomposição
De uma alma pela vida esquecida
De um corpo já entrando no caixão.
Quando pela manhã ela chegava
Com os olhos rotos d’água
A veste como insana desgrenhava
Na cama caia chorando a triste mágoa.
Conheço seu passado infeliz
Um desgraçado amor na sua história
Que a levou à vida de meretriz
Caminha morta em vida, sem amor sem glória.
Hoje já esqueceu a desventurada
Que à noite galopava numa vida sem ética
Sem ética de dia caminha agora abobalhada
Abobalhada contamina a todos, a desgraçada aidética.
Quando ela caminha, com vestes deslumbrantes
Os cabelos em fio, tecidos em trança
Em seu olhar vejo as insinuações estonteantes
De um amor criado em meio à dança.
Bela, tão jovem, e já apodrecida
O rosto já mostra a decomposição
De uma alma pela vida esquecida
De um corpo já entrando no caixão.
Quando pela manhã ela chegava
Com os olhos rotos d’água
A veste como insana desgrenhava
Na cama caia chorando a triste mágoa.
Conheço seu passado infeliz
Um desgraçado amor na sua história
Que a levou à vida de meretriz
Caminha morta em vida, sem amor sem glória.
Hoje já esqueceu a desventurada
Que à noite galopava numa vida sem ética
Sem ética de dia caminha agora abobalhada
Abobalhada contamina a todos, a desgraçada aidética.
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