A PROSTITUTA
Quando ela caminha, com vestes deslumbrantes
Os cabelos em fio, tecidos em trança
Em seu olhar vejo as insinuações estonteantes
De um amor criado em meio à dança.
Bela, tão jovem, e já apodrecida
O rosto já mostra a decomposição
De uma alma pela vida esquecida
De um corpo já entrando no caixão.
Quando pela manhã ela chegava
Com os olhos rotos d’água
A veste como insana desgrenhava
Na cama caia chorando a triste mágoa.
Conheço seu passado infeliz
Um desgraçado amor na sua história
Que a levou à vida de meretriz
Caminha morta em vida, sem amor sem glória.
Hoje já esqueceu a desventurada
Que à noite galopava numa vida sem ética
Sem ética de dia caminha agora abobalhada
Abobalhada contamina a todos, a desgraçada aidética.
quarta-feira, 29 de julho de 2009
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