segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O EXORCISTA
Com tua maldita água benta
Exorciza-me asqueroso padre
Tira-me esse verme que desde a madre
Minha inclemente alma atormenta.

Toma padre meu esqueleto escarnado
Desmembra-o, faz da tíbia e do perônio a fogueira
De certo, fêmur e úmero queimarão à noite inteira
E farão deste esqueleto o teu assado.

Toma Deus, minha alma sem apelo
Sei que a queres para a penitência
Não terei do padre mais a clemência
E não será Átila, mas eu, o teu flagelo.

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